quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Heráclito lamenta que pedido de inelegibilidade de deputado eleito no Piauí tenha chegado tarde


O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) lamentou em Plenário nesta quarta-feira (20) que o pedido de inelegibilidade do deputado estadual eleito Merlong Solano, do PT, pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), tenha chegado somente após a realização do primeiro turno das eleições em seu estado. Heráclito espera, porém, que o pedido possa evitar sua diplomação.


O deputado e ex-presidente da Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa) teria desviado recursos para favorecer a eleição do prefeito de Esperantina, Chico Antônio, também do PT, ameaçado de cassação do mandato.


O senador referiu-se a informação publicada na edição de terça-feira (19) do jornal piauiense Diário do Povo. Ele fez uma comparação com a notícia divulgada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (20) de que o jornalista Amauri Ribeiro Júnior assumiu a responsabilidade pela quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros cinco nomes vinculados ao candidato José Serra, alegando tê-lo feito para proteger Aécio Neves contra acólitos de José Serra.

- É o próprio jornalista que confirma à nação. Isso não tem nada a ver com o que trago à tribuna nesta tarde [caso Merlong Solano]. Não tem e tem, porque mostra que o Partido dos Trabalhadores, se tivesse compromisso com a moralidade, evitaria os constrangimentos constantes por que vem passando, porque esse fato não é um fato novo, é uma repetição de fatos que ocorreram e que, por não haver punição, as pessoas que militam no partido criam à sensação de impunidade - objetou.

O senador reportou-se ao pedido do MPE de cassação do prefeito de Esperantina Chico Antônio e do deputado eleito Merlong Solano como formação de quadrilha e mencionou a má qualidade das obras empreendidas pela Agespisa em diversos municípios piauienses, fatos esses que já teria denunciado da tribuna do Senado há dois anos, pedindo a apuração do caso.

Fonte: Agência Senado

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