A categoria dos professores da rede municipal de Esperantina estão vendo com pesar a prática do governo municipal, que perdura ano após ano no município de Esperantina.
A cada início de ano letivo, professores são humilhados e desestabilizados, profissionalmente, psicologicamente e financeiramente, com práticas autoritárias e ultrapassadas, que só encontram eco no nosso município.
Vejamos os problemas que a remoção de professores causa a estes profissionais:
Desestruturação Profissional: os professores perdem o vínculo com a comunidade e são prejudicados os projetos político-pedagógicos desenvolvidos nas escolas, devido às remoções arbitrárias.
Desestabilização Psicológica: os professores não têm estabilidade porque é quebrada a rotina de seu local de trabalho. Mudanças de lotação ocorrem muitas vezes de forma humilhante, com o servidor sendo dispensado como “indesejável”, por motivos pessoais e na maioria das vezes por pura perseguição política.
Desestabilização Financeira: com a remoção para locais mais distantes e carga horária aleatória, os gastos com transporte ficam imprevisíveis, além da possível perda de outras atividades que o profissional venha a desempenhar em sua vida profissional, acadêmica ou particular.
Estes são alguns dos prejuízos que podemos detectar a principio com o problema da instabilidade de local de trabalho e o mandonismo autoritário dos coordenadores, gestores de educação e até do prefeito.
Como ocorre tal absurdo?
Cada diretor ao ser nomeado tem, com o incentivo da política do governo, e o beneplácito da máquina burocrática viciada, a certeza de que a escola é de sua propriedade, e, os professores e demais trabalhadores da escola, seus funcionários particulares. Essa prática absolutamente antipedagógica lhe permite transferir, ao seu bel prazer, aquele servidor público que não é de seu agrado, inclusive desconsiderando situações que envolvem saúde do profissional, faltando com respeito ao ser humano e até aos profissionais da medicina. Esse absurdo nada mais é do que a reificacão do ser humano, tornando-o coisa, autômato, operário alienado.
Por detrás de toda essa questão, aparentemente administrativa, existe o propósito maior de se podar o professor em sua verdadeira função social: fomentar a educação da população e, dessa forma, construir uma sociedade consciente, a partir de uma escola verdadeiramente democrática, com pessoas não alienadas e politicamente ativas. Pessoas que nunca venderiam seus votos, e, certamente iriam às ruas contra tais desmandos.
E o sindicato da categoria?
O que está fazendo para evitar ou amenizar essa situação? Pois o papel da entidade é sair em defesa dos servidores municipais e não deixa-los ano após ano a mercê do governo municipal e da politicagem muitas vezes ditatorial da atual máquina administrativa, através de secretários e da grande maioria dos diretores de escolas nomeados.
A categoria porém desunida, vem sofrendo principalmente nos últimos dois anos desrespeito por parte da atual administração municipal. Escolas estão sendo fechadas, comunidades sendo prejudicadas e profissionais sem opção de lotação, são obrigados a lecionarem disciplinas fora de suas áreas de atuação e de forma sobrecarregada.
Foto: Portalesp.com
Beneplácito: Consentimento, aprovação, anuência.
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