As pessoas que passaram, em algum momento da vida, por problemas relacionados aos desastres naturais ocasionados pelo aquecimento global tendem a tomar atitudes mais sustentáveis em relação ao meio ambiente. Essa é a conclusão de estudantes e cientistas das universidades de Nottingham e Cardiff, no Reino Unido, que entrevistaram 1.822 pessoas em grande parte do território inglês sobre as mudanças de perspectivas dos cidadãos quando são atingidos por situações climáticas extremas.
De acordo com o relatório, publicado na revista Nature Climate Change, os entrevistados que estiveram próximos ou foram afetados pelos desastres acabam se preocupando mais com o aquecimento global, começando a realizar atividades em prol do meio ambiente que não eram feitas antes, como por exemplo, reduzindo o consumo de energia.
Para o senso comum e para a maioria dos cientistas sociais, aquelas pessoas que viram "de perto" as tragédias sentem mais a necessidade de reagir a este confronto. "Viver eventos climáticos extremos tem o potencial de mudar a maneira de como as pessoas veem as mudanças climáticas, tornando-as mais reais e tangíveis e, finalmente, motivando-as a agir de forma mais sustentável", afirmou Alexa Spence, chefe do trabalho e da Universidade de Nottingham.
De todos os entrevistados, 20% deles tinham vivido uma tragédia natural nos últimos anos, como as fortes tempestades e enchentes que assustaram o Reino Unido nos últimos anos. De acordo com o relatório, estes cidadãos são os mais confiantes em relação ao aquecimento global, já que eles acreditam que suas medidas em favor da sustentabilidade realmente sejam relevantes para evitar futuros desastres naturais.
A diminuição da temperatura do termostato e o desligamento de aparelhos eletrônicos quando não estavam sendo usados foram algumas dessas atitudes apontadas pelo estudo, que foi criticado pela revista de não ter sido amplo suficiente para chegar a tais conclusões.
Fonte: terra.com
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