quarta-feira, 23 de março de 2011

Tragédias naturais mudam atitudes em relação ao ambiente


As pessoas que passaram, em algum momento da vida, por problemas relacionados aos desastres naturais ocasionados pelo aquecimento global tendem a tomar atitudes mais sustentáveis em relação ao meio ambiente. Essa é a conclusão de estudantes e cientistas das universidades de Nottingham e Cardiff, no Reino Unido, que entrevistaram 1.822 pessoas em grande parte do território inglês sobre as mudanças de perspectivas dos cidadãos quando são atingidos por situações climáticas extremas.


De acordo com o relatório, publicado na revista Nature Climate Change, os entrevistados que estiveram próximos ou foram afetados pelos desastres acabam se preocupando mais com o aquecimento global, começando a realizar atividades em prol do meio ambiente que não eram feitas antes, como por exemplo, reduzindo o consumo de energia.


Para o senso comum e para a maioria dos cientistas sociais, aquelas pessoas que viram "de perto" as tragédias sentem mais a necessidade de reagir a este confronto. "Viver eventos climáticos extremos tem o potencial de mudar a maneira de como as pessoas veem as mudanças climáticas, tornando-as mais reais e tangíveis e, finalmente, motivando-as a agir de forma mais sustentável", afirmou Alexa Spence, chefe do trabalho e da Universidade de Nottingham.


De todos os entrevistados, 20% deles tinham vivido uma tragédia natural nos últimos anos, como as fortes tempestades e enchentes que assustaram o Reino Unido nos últimos anos. De acordo com o relatório, estes cidadãos são os mais confiantes em relação ao aquecimento global, já que eles acreditam que suas medidas em favor da sustentabilidade realmente sejam relevantes para evitar futuros desastres naturais.


A diminuição da temperatura do termostato e o desligamento de aparelhos eletrônicos quando não estavam sendo usados foram algumas dessas atitudes apontadas pelo estudo, que foi criticado pela revista de não ter sido amplo suficiente para chegar a tais conclusões.


Fonte: terra.com

Nenhum comentário: